O Irã anunciou nesta quarta-feira a instalação de novas centrífugas enriquecimento de urânio, três vezes mais potentes que as atuais. A informação foi dada pelo chefe da Organização Iraniana de Energia Atômica, Fereydun Abasi Davani, em um discurso transmitido pela TV estatal do país.
"Hoje assistimos à entrada
em atividade da primeira série dessas centrífugas, que tem uma capacidade de
enriquecimento três vezes maior que as anteriores', disse
Avani."Esssa é uma resposta forte a todos os sabotadores do
Ocidente", completou.
Foram acrescentadas 3.000 novas
centrífugas às 6.000 que já estavam operando na usina de Natanz, aumentando
para 9.000 o número de centrífugas em atividade, declarou o presidente iraniano
Mahmoud Ahmadinejad.
Além das centrífugas, a
emissora estatal divulgou que também imagens do presidente colocando a primeira
placa de combustível nuclear de fabricação nacional no reator de pesquisa de
uso médico de Teerã.
"Trata-se em particular da
produção de barras de combustível nuclear a 20% e da quarta geração de
centrífugas, mais rápidas, que ocupam menos espaço e são fabricadas com fibra
de carbono", disse a emissora. Todas as centrífugas foram produzidas por
iranianos.
Ao comentar o lançamento
iraniano, um representante do ministério de Relações Exteriores russo disse que
"a Rússia está preocupada com o programa nuclear do Irã mas ainda não vê
evidências de armas atômicas".
Ainda nesta quarta-feira, o Irã
negou que tenha interrompido suas exportações de petróleo para seis países
europeus.
"Negamos essa
informação... Se tal decisão for tomada, será anunciada pelo Conselho Supremo de
Segurança Nacional do Irã", disse um porta-voz do ministério à Reuters.
A emissora iraniana em língua
inglesa Press TV informou mais cedo que Teerã havia interrompido as exportações
de petróleo para França, Portugal, Itália, Grécia, Holanda e Espanha. (Com AFP
e Reuters)
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